quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cartazes já foram usados em pesquisa de TCC









Estas fotos são parte da pesquisa de TCC de Vanessa Biff graduada em Artes Visuais neste ano.

A obra artística não esta imóvel. Esta por toda cidade e as relações e reações que ela tem foram um dos motivos de pesquisa cientifica. 
A arte como ampliadora cultural e provocadora de opiniões.

Reclamar é fácil. Busque conhecer o por que das coisas. Pesquise o artista Joelson Bugila ou então vá até a  biblioteca da Unesc e procure a pesquisa de Vanessa Biff.

Pelo bom ou mau olhar, pela critica construtiva ou não, o trabalho do Bugila conseguiu atingir os pontos que buscava dentro de Criciúma. Um salve ao artista, ao seu trabalho, ao sucesso alcançado e a arte.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Texto de Marcos Keller


Criciúma, a cidade burra
O berço carvoeiro de nossa cidade trouxe muitos malefícios para a comunidade, como a contaminação intensiva de nascentes usadas para consumo por minérios como enxofre e gipsita. Isso pode, por exemplo, acarretar problemas para gestantes. Pode ocorrer a má formação do feto, que vai nascer alguma deficiência física ou mental grave.
Essa é a minha teoria para explicar a situação de demência de algumas ‘autoridades’ da nossa cidade. Munidos de um grau de discernimento não maior do que uma pedra de bauxita, esses senhores tem a capacidade de rebaixar um trabalho artístico (inclusive, premiado) ao mesmo nível que a ação de marginais, rotulando-o como poluição visual.
A obra em questão, cartazes que mostram dois rapazes de mão dadas, foi fixada em alguns pontos da cidade, na sua maioria já depredados anteriormente ( convenientemente não citados por esses senhores). O fato é que, sem qualquer bom senso ou pesquisa prévia, esses senhores vem a público denegrir o trabalho de um artista que leva o nome da nossa cidade ( visivelmente carente de cultura ) para o resto do estado, e que, ainda por cima, levanta uma questão mais do que relevante nos dias de hoje: o preconceito.
O artista Joelson Bugila aborda o preconceito contra os homossexuais, mas aproveito para levantar outro ponto que acho tão importante quanto, especialmente na nossa cidade: o preconceito contra a cultura. Como se não fosse o bastante a total inoperância na criação de espaços públicos para a cultura, arte e lazer, as autoridades ( visivelmente desprovidas de qualquer resquício de senso de bem-estar coletivo), ainda são as primeiras a se levantar contra qualquer esforço nessa direção. Isso é o verdadeiro crime: amputar a mão do artista, a liberdade de expressão.
É até estúpido explicar isso, mas um artista não é um marginal. Desde a sua concepção à escolha do seu lugar de exposição, uma obra é pensada, estudada e executada com muita dedicação e esforço. Agora está feito, mesmo que, num lapso isolado de inteligência nos seus cérebros neandertais, esses senhores caiam em si e percebam atrocidade intelectual que cometeram. Toda violência deixa uma cicatriz: os cartazes podem até ser arrancados, mas a ignorância vai continuar estampada nas paredes de Criciúma.


http://marcoskeller.wordpress.com/
Texto extraido do blog de Marcos Keller

Poluição visual em Criciúma - 01

Estas são as primeiras imagens que foram enviadas. Estas foto foram feitas na manhã de hoje (18/10/2011) por Maira.















Bagunça ou decoração própria?


Se você tiver mais fotos, pode nos enviar.

Para não dizer que recriminamos eventos musicais, pelo contrário. Cada coisa deve ser respeitada. Sabemos que a propaganda também precisa de espaço. Mas quais são os espaços reservados para elas na cidade sem que seja cobrado taxas e impostos?

E a arte, qual o espaço para a arte? Existe espaço certo para a arte?
Faz tempo que a arte ultrapassou os espaços de galerias e museus.

Blog Defesa do consumidor de arte

Exposição BUUU! – Joelson Bugila
Iniciamos este blog em especial para defesa dos trabalhos do artista Joelson Bugila. Há alguns meses Bugila esteve com a exposição BUUU! em Criciúma, alguns cartazes foram colados pela cidade com imagens dos trabalhos do artista. Para os que se interessaram e foram até a exposição que ficou cerca de um mês na Fundação Cultural de Criciúma, puderam entender o proposito destes trabalhos por base nos estudos e produções em arte realizados pelo Bugila durante alguns anos. 
Porém, estes cartazes desde seu primeiro surgimento geraram criticas. Ok, a arte tem destas coisas, de causar estranhamento e impacto. Este também era um dos propósitos do artista. Entre tanto, as reclamações foram tantas, que estão querendo cobrar multa da fundação cultural por esta ação. A reflexão que queremos fazer é: Porque um trabalho de arte que tem apoio cultural da Funarte gerou tanto atrito na comunidade criciumense e os cartazes de "fexxtas", "baladas", "bandas", "taxi", "lojas", entre outros, nunca foram tão reclamados quanto e estão por ai há anos?



Para fundamentar este manifesto, usamos a citação do Bugila publicada hoje no site Engeplus:
Não somos pessoas que saem por aí colando qualquer coisa, estudamos pra isso, e gastamos nosso dinheiro em especialização/curso/viagens... Isso é pensando por seres humanos, com ideais de uma sociedade mais justa, mais culta. Este projeto de mídia nacional, tem total apoio ao órgão mais importante da arte no Brasil que é a Fundação Nacional de Artes (Funarte). 
Pensem na sociedade que vivemos, principalmente a sociedade criciumense. Pensem também no que agrega os cartaz de eventos e no que agrega um cartaz artístico. Será que a temática explorada pelo artista não seria o motivo de tanta reclamação? Talvez mais valorizada que a distribuição dos cartazes por ai. Se este for o caso ou parte da porcentagem destas reclamações, posso afirmar que isto é preconceito. Reflexo de uma sociedade de mente fechada que não tem nem coragem pra assumir o próprio preconceito, e usa uma desculpa tão sem fundamentos quanto a da poluição visual. Lembrando também que a liberdade de expressão tem que ser respeitada. 

Ainda lembro, que os cartazes de festas que encontramos por ai, incentivam o consumo de bebidas alcoólicas. Amigos, álcool e cigarro também são drogas. Porém são legais. Mas não queremos depredar os cartazes de festas aqui, estamos apenas fazendo um comparativo. 



A solução deste problema seria a regularização dos cartazes (todos eles) e não o descartamento dos mesmos. Também achamos muito importante valorizar o artista regional, e não simplesmente reprimir tudo o que não nos agrada.

Este espaço será utilizado como um ambiente reflexivo e aberto. Serão publicadas imagens de cartazes, eventuais poluições visuais na cidade, e outras criticas que partem do reflexo gerado por discussões como esta.


Aqui o link da matéria Transtornos da poluição visual





Estendemos nossos braços ao artista Joelson e assinamos com orgulho a arte regional e criciumense.

Deise Pessi
Camila Nazário


#ArteParaTodos